quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Desconstruir pra construir.

Em um dia, onde ia tudo bem, de repente desabou. O rompimento se via de longe e no momento quando os dois já aceitavam o fato,  algo acontece, uma prece e os dois se abraçam.

Deixou uma marca eterna na aliança e quando eu paro a olhar eu lembro de que a gente superou o que parecia impossível para os dois. Reparo em como estamos agora e penso: tem algo que a gente não possa passar?

Difícil lidarmos com nossos conflitos internos, complicado demais lidar também com dos outros, mas aí que vem o amor e te diz: tua missão ter carinho com os defeitos e erros do outro.

É bem mais fácil pensar sobre isso no papel, escrever sobre isso, elaborar uma frase marcante te dizendo que devemos aceitar o outro como ele é. Na prática a tarefa, por vezes, é nível hard.

Respira fundo e olha primeiro pra você. Você tá aí errando e quer que o outro seja perfeitinho? Desconstrói toda a ideia do que vê nos filmes, séries e novela, porque não tem Manoel Carlos escrevendo sua vida.

Conciliar, compreender, aceitar, paciência, carinho e amor. E tá montado o kit que vai fazer que seja possível sua felicidade.

Não seja duro contigo e nem com outro, estamos na batalha de nos melhorarmos e é uma luta dolorida, mas como eu sempre digo “se a gente vai juntinho a gente vai bem, viu?”.


sábado, 30 de julho de 2016

O bicho papão


 Sentir medo é completamente normal, ainda mais quando estamos falando de algo novo. 
Aquela coisa estranha que é a novidade assusta até os mais experientes no quesito vida, porque não adianta, de tudo o que você viveu, o que está por vir é diferente. 
Frio na barriga, ansiedade, nervosismo, curiosidade, suadeiro, dormir mal, crise existencial e toda aquela vontade de desistir. 
Mas se a gente não encara, como que a gente vive o gostinho de ter passado por tudo isso? 
Se a gente foge, do que a gente vai viver? De mesmices? Até quando? 
Viver é um desafio, não se engane em achar que tem alguém que também não tema as peripécias do futuro.
Não há um serumaninho que não tenha seus receios e fique apavorado ante o que há de vir. E se estamos todos nessa, porquê não? 
Tenho passado pela fase de tá vivendo o bicho papão que eu temia desde que entrei na faculdade e te digo que tem sido muito louco. 
Primeiro, eu tô me espantando com a minha objetividade em solucionar o que eu achava que seria desesperador. 
Segundo, que eu tenho me apaixonado pelo o que tenho feito e isso alimenta a buscar mais.
Terceiro, quando você faz com o coração o resultado vai aparecendo em forma de palavras de incentivo e na satisfação de tá fazendo um bom trabalho, e não há nada que pague isso.
Veja bem, eu levei 5 anos criando um monstrinho e hoje eu tô aqui pra te dizer que ele pode ser um animal muito mais indefeso do que pensas. Então, vai, encara essa aí! 
       "Mãos à obra, é hora de mudar."

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Enquanto houver dia 23...

Não faz pouco tempo que eu tive a certeza completa de que era amor. Você tem ideia de quando teria sido?

Cri cri cri

Foi um dia, na casa da vó, a gente não tava bem porque uma bomba explodiu no nosso colo, mas na coragem decidimos lidar com ela e como com tudo nessa vida: superar. Fomos almoçar, de alguma forma tentei te mostrar que tava ali, falei alguma bobagem e você me vira e diz com os olhinhos brilhando: “Te amo demais”- com seu sotaque que me encanta todinha. Eu fechei os meus e fiquei segurando sua mão. Quando vi as lágrimas desciam. Doces. Abro-os e lá estava você chorando também e sorrindo pra mim. E nesse momento eu senti todo nosso amor ali, nos abraçando, nos dando uma força enorme e me mostrando que não há o que temer.

Depois desse dia já vieram tantos outros probleminhas. Mas não me canso de tentar resolvê-los. De me redimir, pedir desculpas, ouvir seus perdões e ver a gente quebrando a cara pra melhorar e não cansando de tentar.

Sempre que me lembro daquele momento eu volto a razão pra perceber que eu ganhei um presente da vida e agora só me cabe te cuidar. E enquanto ouvir sua voz me fazendo dengo eu vou ter a certeza que fiz bem em ter deixado o dia 23 ser o dia mais “pera con la papaya” do mês. 

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Todo mundo precisa de um herói.

Como a gente gastou tanto da nossa juventude aguardando ser adulto e dono do nosso nariz? E agora quantos minutos a gente gasta desejando voltar pro útero da nossa mãe porque lá era lugar quentinho e a gente não pagava aluguel?

Perceber se tornando adulto dá medinho. Dá pavor. Dá vontade de sair correndo. Ter que tomar decisões que determinam sua vida e seu futuro não é fácil, não dá pra jogar dados ou fazer um par ou ímpar, por mais que muitas vezes a gente acabe fazendo isso quando já não sabe mais o que fazer.

A vida sendo uma resposta de suas escolhas. E nenhuma escolha como brigadeiro ou beijinho, usar rosa ou azul, com ou sem cordão. É continuar no emprego que já tá te irritando ou mudar para um novo que paga um pouco mais, mas você não conhece ninguém lá. Casar e ter filhos ou viajar pelo mundo. Fazer um curso de inglês ou cuidar da saúde e entrar pro Pilates.

Penso que Deus podia às vezes facilitar e mandar um mensagem no whatsapp de vez em quando e dizer se estamos no caminho certo ou a gente precisa dar uns passos mais pra direita ou pegar o próximo retorno.

Eu sei que ele nos manda sinais o tempo todo, mas o poder de decifrar tudo isso não tá sempre tão em dia ou, simplesmente, a gente só não quer ver.

A verdade é que não somos preparados pra enfrentarmos o mundo. Nos colocam medos, decidem pela gente, caminham com nossas pernas e de uma hora pra outra somos jogados entre os leões e temos que de cara decidir se a gente corre, se finge de morto ou tenta fazer uma amizade sincera com o felino.
Quando dá faço um cara e coroa e sigo em frente. Quando posso, adio. Quase sempre começa na segunda e termina na terça. Havendo possibilidade enfrento e digo na lata. E quando não posso me faço uma panela de brigadeiro e digo pra mim mesma que vai ficar tudo bem.

Se a gente deixar é pressão o tempo inteiro e o tempo todo. Tem vezes que absorvo, me desespero e resolvo. Outras, absorvo, me desespero e fica como tá. E quando reclamam de novo eu escuto e faço cara de quem concorda. E vai ficar como tá. E uma hora acontece, uma hora vai. Quando tiver pronta, disposta, com vontade.

Deixo que diguem, que pensem, que falem, deixo isso pra lá. E quando não deixo corro pro colinho da mamãe que sempre sabe o que fazer. E assim é que é ser maduro, não é mesmo? A gente faz até onde dá e quando a gente já não sabe mais dá aquele grito de guerra “mãããeeeeee”. E tudo vai ficar bem. E fica. 

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Cutucando o machucado

Sabe quando acontece algum ruim na sua vida, você tentar lidar com isso e chega um momento que você acha que tá “ok’ e guarda tudo dentro de uma gaveta pra não remexer mais?

Aí durante a vida sempre chega um outro pra te fazer reviver aquilo, mas até aí dói um pouquinho, mas tá lá paradinho ainda.

Pode ser que aconteça que você reviva fortemente aquele sentimento por uma outra experiência ruim, e sabe Deus a necessidade disso. Mas aí o que talvez pudesse ser menos dolorido acaba sendo mais profundo.

E pra aquietar uma turbulência no peito só com muito amor e compreensão, porque não há mal que não possa ser remediado, quando se deseja e se percebe a vontade em mudar.

Não existe regras nessa vida do tipo revista da Capricho que ensina em 10 passos como lidar com tal situação. O que existe é você conhecer quem é, o que quer e o pode fazer pra conseguir isso.

Ter certeza da posição faz os passos serem guiados apenas pra uma direção e o mundo conspira pra te estimular em suas conquistas. 

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Tempo perdido

Pega o celular pra ver a hora. Responde a mensagem da mãe pra saber que horas vai sair. Olha uns snaps e perde tempo ouvindo alguém te chamar de “gado” e ganhando dinheiro com isso. Finaliza com aquela rodada na timeline que é só pra ver se tem alguma novidade e quando vê já passou uma hora.

“Uma hora, meu Deus! Eu podia ter feito tanta coisa.” E aí começa aquela pressão no peito que te diz apontando todos os dedos pra você “Que inútil!”

Ser sentir inútil é certamente uma das piores coisas. Achar que você não é nada, não faz nada pra ninguém, não contribui para o avanço da sociedade. Mas no fundo ninguém é tão assim. Alguma coisa você faz.

O problema é que viver bem nesse mundo ou você nasce em família rica e curte uma boa herança ou você trate de correr atrás. E, em tanta correria, minutos desperdiçados vendo blogueira postando look do dia ou vendo um vídeo falando sobre meleca é jogar dinheiro fora.

Deveria estar estudando. Deveria estar implorando por um emprego. Deveria estar arrumando o quarto. Deveria estar fazendo malabarismo no sinal. Deveria ter nascido linda e magra pra ser modelo. Deveria. Dever.

Desde que mamãe me concebeu eu já tô cheia de direitos e deveres, inclusive o Código Civil já tava lá dizendo pra era eu só nascer com vida que tava tudo garantido pra mim. Aí cheguei achando que tava abafando, mas no fundo tudo que tinha vinha sempre acompanhado de uma cobrança em ser boa.

Todo mundo quer ser bom. E o esforço em ser nos faz buscar todo santo dia. Mas tem hora que dá preguiça. Tem dia que você acorda querendo ir pra longe. Tem noite que você vai dormir querendo morrer. Tem tanto pra te puxar pra baixo.

Mas quando você deixa bater aquela deprê, sempre aparece alguém, uma frase de jornal, uma matéria na Eliana, um bom amigo espiritual que de alguma forma nos diz “Já parou de sofrer pelo o que perdeu, miga? Vamos agir?”

É. O quanto a gente sofre pelo o que passou e poderíamos ter feito mais? O quanto a gente quase sucumbe nosso estômago de nervoso pelo o que estar por vir? Ansiedade, mal da humanidade.

Continuo sofrendo, tomando omeprazol, tendo mil pensamentos de sair correndo pela ruas e morar em qualquer canto desse mundo, mas não tenho coragem de fugir de mim, dos meus compromissos e da vida que tenho.

Não tenho coragem não por ser medrosinha de viver uma vida sozinha e vendendo minha arte na praia, mentira tenho sim. Mas a verdade é que a cobrança é resultado de se sentir  responsável pelas suas escolhas e é isso que faz desesperar e ao mesmo tempo impulsiona. Doideira.

Dá pra entender? Talvez não. Porque é confuso mesmo. E todo mundo é assim. Cheio de mil coisas por dentro. É que tem gente que acumula pra deixar pra se resolver no fds. Aí no fds tem chopp, futebol, dormir e netflix. Quando se percebe, tá todo embolado, sem achar o fio da meada e fica até com medo de se ver. Então, não espere pra não criar seu próprio monstrinho. 

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Já se amou hoje?

 - Você me ama mais que tudo?

 - Sim - dizia ela



Até que um dia parou pra analisar na profundidade do que falava. E no meio daquela confusão lembrou da batalha travada entre todos esses anos pra encontrar mil motivos pra se amar.

Aprendeu a se amar depois de tantos tapas da vida que te diziam “Por que não?”. Aprendeu a se olhar no espelho sem receio. Aprendeu a gostar do que via no espelho.  Aprendeu a se gostar.

O mais difícil é achar agradável a própria companhia, de achar tão interessante que dispensa qualquer programinha bacana com os amigos. É achar delicioso estar jogada no sofá vendo o que quiser e estar curtindo a sensação de ser livre.

O auge de amar sua própria companhia é achar gostoso estar sozinho mesmo sem qualquer coisa que entrerta. É conversar com as confusões mentais e parar pra se organizar por dentro. É achar bom ouvir a própria voz te confortando.

Quando ela parou de precisar que outras pessoas te dessem algum elogio ou curtissem sua foto pra se sentir bonita, pelo simples fato que era e ponto. Sair de casa com a certeza de quem é, do que faz.

Quando ela soube dizer não pro medo de ficar sozinha, só pra ter qualquer coisa. Não existia mais medo de ser só.

Quando ela percebeu suas prioridades e do que realmente importava e merecia sua dedicação e não abria mão disso.

Quando ela parou de dar atenção pra cara que visualiza e não responde e só procura pra uma distração qualquer é que viu que tem gente disposta e deu valor pra isso.

Quando parou de ser medrosa em ter alguém na sua vida por não ser capaz de ser boa pra ninguém.



- Quando eu me conheço, sei o que quero, e amo isso, é que sou capaz de me dedicar a amar alguém. E meu amor tá aqui, crescendo por você a cada dia mais, mas ele só apareceu quando eu aprendi a me amar demais. E olha que eu já te amo muito, mas nesse mundo me amo um pouco mais. - finalizou ela.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Dando um F5

Dessa vez não só vim tirar o pó, como tive que fazer uma faxina completa pra adentrar esse espaço novamente.

É incrível que quando aparece uma pausa na minha vida  eu tenho essa vontade enorme de voltar a escrever. E eu já tava com saudade.

Pois bem, o que fiz em todo esse tempo? Estava eu terminando a faculdade, passando na OAB, tirando 10 no TCC e assim concluindo 5 anos de uma das paixões da minha vida.

 2016 era um ano que me desesperava (e ainda me causa uns medinhos), porque ao colar grau eu ganhei um  chute na bunda  do estágio e estava eu frequentando a rua do desemprego.

Mas antes que tudo isso fosse realidade eu fiz 25 anos. MEU DEUS VINTE E CINCO ANOS. SOCORRO. Cadê minha juventude?

Eu acho que só não surtei mais porque ganhei um presente lindo, desses que você não espera e que veio melhor que qualquer coisa que eu pudesse desejar. Veio no momento mais preciso e precioso. Presente esse que chamo de amor.

E foi tudo tão rápido que eu nem tive tempo pra entender o que tava vivendo, o que tava sentindo, mas foi se fazendo parte de mim e conquistando todo o espaço pra ficar.

O mais bonito nisso tudo é que eu que sempre fui pé atrás, cautelosa, receosa e perdi todos os medos com ele.

De toda  essa segurança que me passa eu não poderia ter escolhido companhia melhor pra essa vida que estamos construindo.

E a vida é construção, né gente? Não adianta pressa pra que tudo esteja pronto, perfeito e lindo te esperando. O melhor emprego não vai bater na sua porta do dia pra noite, o princípe não aparece na sua casa no cavalo branco e você não ganha na mega-sena se não jogar.

As melhores conquistas aparecem após um bom trabalho. Trabalho mesmo. Vai ter uns perrengues pra te testar e você vai precisar manter seu esforço, paciência e fé em dia.

E por isso que a primeira mudança começa de dentro. Fazer aquele mexida nas estruturas e  avaliar "O que fica? O que sai?". E pra isso precisa não ter medo de fazer aquele mergulho profundo na gente e não ter vergonha de reconhecer o que ainda precisa ser mudado. E além disso, não ter nenhum medo de valorizar o que de bom já floresceu.

Aí sim você tá cheio de coragem pra ir se transformando. Vai veer que não dá mais pra perder tempo sendo tão orgulhosa ou impaciente, ou que já passou da hora de tentar ficar procurando problema em tudo. Que a leveza da vida é reclamar menos, deixar que as coisas corram ao seu tempo e que angústia só corrói por dentro.

E eu vou te contar bem baixinho aqui um segredo: mesmo com tanta disposição pra mudar ainda vai ser complicado, porque você ainda vai se deparar com alguns defeitinhos querendo berrar ao mundo que ainda tão ali. E isso é normal. Bem normal, aliás.

O que vai te diferenciar  é essa vontade de prosseguir acertando e não se acomodando em errar. Mas fazendo isso sem se machucar, com a certeza que tá todo mundo no mesmo barco. Errando e acertando.

Quando eu me coloquei a me mudar, a buscar bons pensamentos e a me entregar a que é bom, foi que eu vi que as coisas boas vão vindo.

E eu sei que, mesmo que as vezes ainda bata aquele desespero, as coisas acontecem no tempo certo. Pra quem continua sempre buscando o bem, uma hora o encontro acontece.

Um peito cheio de gratidão e amor, uma mão firme segurando a minha e me ligando a boas sintonias, vou continuando minha caminhada, confiando. E  se caso esmorecer, eu vou ter a certeza que não tô sozinha. E a verdade, é que ninguém está. Confia.