- Você me ama mais que tudo?
- Sim - dizia ela
Até que um dia parou pra analisar na profundidade do que falava. E no
meio daquela confusão lembrou da batalha travada entre todos esses anos
pra encontrar mil motivos pra se amar.
Aprendeu a se amar depois de tantos tapas da vida que te diziam “Por que
não?”. Aprendeu a se olhar no espelho sem receio. Aprendeu a gostar do
que via no espelho. Aprendeu a se gostar.
O mais difícil é achar agradável a própria companhia, de achar tão
interessante que dispensa qualquer programinha bacana com os amigos. É
achar delicioso estar jogada no sofá vendo o que quiser e estar curtindo
a sensação de ser livre.
O auge de amar sua própria companhia é achar gostoso estar sozinho mesmo
sem qualquer coisa que entrerta. É conversar com as confusões mentais e
parar pra se organizar por dentro. É achar bom ouvir a própria voz te
confortando.
Quando ela parou de precisar que outras pessoas te dessem algum elogio
ou curtissem sua foto pra se sentir bonita, pelo simples fato que era e
ponto. Sair de casa com a certeza de quem é, do que faz.
Quando ela soube dizer não pro medo de ficar sozinha, só pra ter qualquer coisa. Não existia mais medo de ser só.
Quando ela percebeu suas prioridades e do que realmente importava e merecia sua dedicação e não abria mão disso.
Quando ela parou de dar atenção pra cara que visualiza e não responde e
só procura pra uma distração qualquer é que viu que tem gente disposta e
deu valor pra isso.
Quando parou de ser medrosa em ter alguém na sua vida por não ser capaz de ser boa pra ninguém.
- Quando eu me conheço, sei o que quero, e amo isso, é que sou capaz de me
dedicar a amar alguém. E meu amor tá aqui, crescendo por você a cada
dia mais, mas ele só apareceu quando eu aprendi a me amar demais. E olha
que eu já te amo muito, mas nesse mundo me amo um pouco mais. -
finalizou ela.
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