terça-feira, 7 de setembro de 2010

Um trecho qualquer

E na verdade o que tava lhe pertubando? No fundo, ela sabia que aquele espelho rachado não responderia. Ele só mostraria sua bonita face, seus cabelos ruivos encaracolados, sua pele branca. Com leves sardas por falta de proteção ao sol. Logo aquele a quem ela mais admirava tinha lhe deixado marcas. "Será que tudo que mais gosto vai me ferir?" pensava e imediatamente joga uma água na cara, para despertar. Deixa o banheiro com suas falsas conclusões e voltou ao seu lugar em uma mesa no canto e retoma sua leitura. Lá encontrava o silêncio que permitia que sua alma viajasse. De repente escuta o barulho da porta se abrindo. Entra um belo rapaz, aparentemente, muito cansado, que desperta sua atenção. Mas não era sua beleza que fez lhe fixar seu olhar esverdado nele, tinha algo mais e que invadiu o seu ser, estagnando e esquecendo de tudo o que pensava. Queria de alguma forma se aproximar e ao mesmo tempo não demonstrar sua ansiedade. Ela se levanta. Senta novamente. Suas mãos não se controlam. Falha na tentativa de não deixar transaparecer nada. Ela só queria saber o porquê de seu corpo reagir daquela forma. Precisava descobrir quem eras e o que trazia consigo. Acabou tornando-se uma necessidade primária. Já que não tinha mais capacidade para nada.Ela desejava a aproximação de qualquer jeito. Parou o tempo, uma carta que carregava na manga que usava só em emergências. A aceleração mostrou que aquela era uma. Reajustou os lugares e pessoas de tal maneira que só sobrasse espaço em sua mesa. Tentou se acalmar e voltar para seu livro. Esperou, com o coração na boca.

2 comentários:

Jeff disse...

heuheuehue...Que legal!!
Eu reconheço esse texto!!

Ficou muito bom!! Uma mocinha que corre atras de seus objetivos parando o tempo desse jeito!!

O jogo promete!!

rsrsrsrs

Sorte!

dinhaf disse...

Ai ai que sensação gostosa!!