quarta-feira, 20 de julho de 2011

Meu jardim

Distribuímos sementes,  vamos colhendo fruto ao longo da vida. Tem frutos que duram, duram e duram e por mais doces e bonitos que sejam uma hora apodrecem. Outros amargam se não  tiverem muito cuidado. Outros vão rolando pelas curvas da estrada e não achamos mais. Tudo depende do zelo que se emprega, do tempo se deixa disponível para a cultivo e que permite-se entregar.
Meus frutos, meus amigos. Maiores bens que conquistei nessa vida. Vida essa que nos separa, nos testa, nos põem em cada prova. E vamos indo e  lindos dizemos pra elas que conseguimos resistir a tudo isso e continuamos nos amando. Com alguns hoje fica um pouco de tristeza, um pouco de frieza e as vezes decepção. Um pouco de culpa minha, um pouco sua, dele, daquele...Nos deixamos influenciar pela distância e achamos que sem estar perto o sentimento vai se desgastando, perdendo o vigor, se perdendo. Será que não erramos?
Estamos sempre conhecendo outras pessoas, criando outros laços. Mais pessoas que vão, outras que ficam, que trazem muito e levam também. Mais quando há amor, carinho, quando se dar valor pra alguém isso não se desfaz. Pode não ser tão mais intenso quanto antes, mas sobrevive há tudo e todos.
Agradeço a todos que estiveram comigo, me ensinaram a ser gente. Peço desculpas pelos meus erros e ausências. Continuo tendo amor por quem o faz merecer. Não me arrependo da dedicação a quem hoje foi o fruto que amargou. A gente cultiva, mas tem fruto que não pega em certos terrenos mesmo, né?
Quem tá comigo e quem me tem, sabe, não há necessidade de nomes. Sintam se abraçados, meus caros.

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